domingo, 5 de abril de 2020

Protozooses

PROTOZOOSES

AMEBÍASE, 
LEISHMANIOSE, 
DOENÇA DE CHAGAS , 
MALÁRIA

Protozooses são doenças causadas por organismos unicelulares pertencentes ao grupo dos protoctistas. Os protistas são heterótrofos e podem ser encontrados praticamente em todos os ambientes. Existem tanto espécies de vida livre, quanto parasitas. As espécies parasitas são aquelas que causam doenças ao homem e a outros animais, quando entrarem em contato com essas espécies. 

De modo geral, podemos nos prevenir para evitar protozooses, tomando algumas precauções como por exemplo:

1) Lavar sempre as mãos após ir ao banheiro e antes e após as refeições;

2) Lavar sempre os alimentos, principalmente aqueles que são consumidos crus. Uma boa alternativa é deixar as frutas e hortaliças em uma solução de água sanitária e água, na proporção de uma colher de sopa para cada litro de água.

3) Beber água tratada em caso da falta desta, devemos filtrar ou ferver água.

4) Utilizar camisinha em toda relação sexual, independentemente se ela for oral, vaginal ou anal.

5) Colocar mosquiteiros nas camas e telas nas portas e janelas para evitar a picada de insetos.



MALÁRIA

Essa doença é causada por protozoários do gênero Plasmodium que pertencem ao grupo dos Apicomplexos. Os apicomplexos tem como características: 
(cite aqui as características dos protozoa apicomplexos)

A malária é transmitida ao homem através da picada de fêmeas infectadas do mosquito Anopheles, que são hematófagas. 

As espécies de Anopheles brasileiras são:(cite aqui as especies de Anopheles) 

E produzem quais formas da doença?

Enquanto suga o sangue a fêmea Anopheles, injeta nos nossos vasos sanguíneos sua saliva anticoagulante. Nessa secreção anticoagulante está a forma infestante chamada de esporozoítos. Os esporosítos são levados pela corrente sanguínea até o fígado e penetram nas células hepáticas onde se multiplicam assexuadamente gerando entre 6 e 16 dias depois, de 2 mil a 40 mil novos protozoários agora chamados de merozoítos. 
Os merozoítos penetram nas hemácias (glóbulos vermelhos do sangue) onde podem produzir entre 8 e 24 novos merozoítos. As hemácias infectadas se rompem liberando na corrente sanguínea novos merozoítos, que infectam hemácias sadias repetindo o ciclo, ao liberarem os merozítos liberam também substâncias tóxicas que causam febre de 39ºC a 40º C e calafrios.


A transmissão da Malária de pessoa para pessoa também pode se dar por meio de transfusão de sangue contaminado com merozoítos e compartilhamento de seringas e agulhas infectadas. No Brasil, o parasita mais comum é o Plasmodium vivax, que se espalha mais lentamente pelo corpo e dificilmente provoca a malária cerebral.

Escreva aqui a profilaxia para malária: A organização mundial da saúde (OMS) recomenda que a sua prevenção seja feita em eventos nas áreas de risco, essas que são a Região Amazônica, Africa Subsaariana, America Central, Ásia e Oceania. Além do uso do medicamento Doxiciclina, um dia antes de ir a uma área de risco e quatro dias depois de voltar. É válido também o uso de repelentes para evitar a picada do mosquito transmissor.
Referências: https://pebmed.com.br/malaria-o-que-voce-precisa-saber-sobre-a-profilaxia-para-viajantes/

AMEBÍASE 
Espécies de amebas 



Espécies de Entamoebas


Espécies de amebas




Iodamoeba spp


Cisto de Entamoeba spp

A amebíase é uma infecção parasitária provocada por um protozoário da espécie Entamoeba histolytica que se aloja no intestino grosso. Ela é bastante comum em áreas do mundo onde o saneamento básico é deficiente, permitindo que alimentos e água sejam expostos à contaminação fecal.


Entamoeba histolytica, note os pseudópodes e o  núcleo central

Etiologia

(Ramo do conhecimento cujo objeto é a pesquisa e a determinação das causas e origens de um determinado fenômeno. Em medicina e biologia é o estudo das causas das doenças.)



A amebíase é causada pelo protozoário parasita Entamoeba histolytica, que entra no organismo principalmente por meio da ingestão de água ou comida contaminadas.

Essa espécie tem ciclo evolutivo monoxênico, ou seja, a Entamoeba histolytica completa seu ciclo de vida em apenas um hospedeiro. O ciclo de vida deste parasita inicia-se com sua ingestão pelo ser humano (via fecal-oral) na forma de cisto (presente em água ou alimentos contaminados), pois nesta forma o parasito apresenta parede cística, capaz de resistir ao pH ácido do suco gástrico. Uma vez que tenha passado pelo suco gástrico, o cisto diferencia-se na forma de trofozoíto na porção final do intestino delgado e passa a viver como comensal, alimentando-se de bactérias ou restos celulares. Este comportamento é denominado não patogênico. 




Ciclo patogênico
Através de mecanismos não totalmente conhecidos, mas possivelmente relacionados com a ruptura do equilíbrio intestinal (baixa de imunidade local, alteração da flora intestinal, mudança de alimentação do hospedeiro etc.), os trofozoítos tornam-se patogênicos e invadem a parede intestinal. Aderidos na mucosa intestinal, eles secretam enzimas proteolíticas que provocam a lise do tecido epitelial, causando uma úlcera no local onde começam um intenso processo reprodutivo. Com esse hematoma formado, alguns trofozoítos podem cair na corrente sanguínea e iniciam a se alimentando de hemácias e posteriormente vão invadir os órgãos (o órgão mais comum a ser atacado é o fígado, mas podem atingir os pulmões e o cérebro).


Esse parasita também pode entrar no corpo por meio do contato direto com a matéria fecal. Entamoeba histolytica libera cistos, que são uma forma relativamente inativa e muito resistente do parasita e que pode viver por vários meses no ambiente em que foram depositados, geralmente nas fezes, no solo e na água. 



A amebíase é uma doença que apresenta incidência mundial e pode contaminar qualquer pessoa, mas costuma prevalecer em locais que não possuem saneamento básico, afetando também pessoas que não possuem bons hábitos de higiene, principalmente bebês e crianças que brincam no chão e possuem o costume de colocar as mãos na boca.

A amebíase atinge mais de 50 milhões de pessoas por ano no mundo todo, mas a taxa de mortalidade é menor do que 1%. Na América Latina, Ásia tropical e África, duas a cada três pessoas terão a doença, mas, na maioria dos casos, não há complicações, pois os sintomas não são perceptíveis e tanto a profilaxia e o tratamento são fáceis.



Após a infecção do hospedeiro via ingestão de cistos, os trofozoítos colonizam o lúmen intestinal, onde se multiplicam e vivem como comensais, usando bactérias e restos celulares como fonte de energia. 

Entretanto, quando os trofozoítos penetram na mucosa intestinal, provocam uma reação inflamatória que pode levar à destruição do tecido envolvido. 

Muitos estudos procuram identificar e caracterizar as bases moleculares da reação citolítica, que é iniciada a partir do contato íntimo entre a célula-alvo e o parasito. 

Após contato estabelecido (entre a Entamoeba sppe a célula intestinal) pelo reconhecimento de moléculas de galactose (Gal) ou N-acetil-D-galactosamina (GalNAc) presentes na superfície das células-alvo por lectinas expressas pelo parasito, dispara-se uma cascata de sinalização intracelular, ocorrendo liberação de moléculas protéicas conhecidas como amebaporos. Essas moléculas inserem-se na membrana da célula-alvo formando canais iônicos. Além disso, o parasito libera cisteína-proteinases, que são responsáveis pela degradação da matriz extracelular, facilitando, assim, a invasão tecidual. 

Em poucos minutos a célula torna-se intumescida, com a formação de uma bolha citoplasmática indicando a perda da permeabilidade da membrana plasmática; e, como conseqüência, ocorre a morte celular.



Entamoeba dispar é capaz de causar lesões intestinais focais em animais de laboratório, como gatos, gerbilos e cobaias. No homem vive como um comensal estável e avirulento, produzindo um estado de portador assintomático e sendo aproximadamente 10 vezes mais prevalente do que a Entamoeba histolytica. Outras espécies de ameba, como, por exemplo, a Entamoeba hartmanni e a Entamoeba coli, são capazes de infectar o homem e não produzir ações patogênicas, vivendo apenas como comensais em nosso intestino.


O diagnóstico laboratorial do complexo E. histolytica/E. dispar é realizado rotineiramente pela demonstração microscópica de cistos e/ou trofozoítos no sedimento fecal. No entanto, para a identificação espécie-específica, é necessária a realização de exames que se baseiem na detecção de coproantígenos e/ou da pesquisa de DNA por reação em cadeia da polimerase (PCR), utilizando sondas espécie-específicas.

PATOGENIA

patogenia da amebíase está diretamente relacionada com a capacidade de síntese e secreção de moléculas responsáveis pela virulência dos trofozoítos. 
A família dos amebaporos é composta pelas isoformas A, B e C, que foram isoladas como peptídeos biologicamente ativos a partir do citoplasma granular de cepas patogênicas, na proporção de 35:10:1, respectivamente. 
Essas moléculas são capazes de penetrar na superfície hidrofóbica da membrana plasmática das células-alvo enquanto, simultaneamente, expõem o lado polar da cadeia para a água graças ao seu arranjo de α-hélices anfipáticas
Os monômeros tendem a oligomerizar-se como moléculas de alta massa molecular, num processo dirigido por interação peptídeo-peptídeo, formando um canal preenchido por água através do qual íons e outras moléculas pequenas passam livremente, resultando em lise osmótica da célula do intestino. 

Outro grupo de molécula é composto pelas lectinas localizadas na superfície dos trofozoítos, que reconhecem especificamente os oligossacarídeos N- e O-ligados, como a Gal e a GalNAc, presentes na superfície das células-alvo, incluindo neutrófilos e macrófagos, assim como as células colônicas que revestem o epitélio intestinal, principais alvos do efeito citolítico da E. histolytica. Após contato entre as moléculas de lectina e glicoconjugados, há uma mudança conformacional da subunidade maior da lectina, disparando uma cascata de transdução de sinal responsável pela citólise da célula-alvo. 
Além dessa função, as lectinas protegem os trofozoítos do ataque do sistema complemento, pois parecem possuir similaridade funcional com a proteína regulatória do complemento, a CD59, a qual se liga às subunidades C8 e C9 do complexo C5b-9.

A função da cisteína-proteinase na invasão tecidual é atribuída à sua habilidade em clivar estruturas que compõem a matriz extracelular (colágeno, laminina e fibronectina). Alguns estudos de microscopia eletrônica demonstraram que, após a adesão dos trofozoítos na superfície apical de células polarizadas, ocorre diminuição na resistência do epitélio devido a uma modificação da integridade morfológica da camada lipídica e das proteínas que compõem as junções celulares. Alguns estudos demonstraram o desprendimento das células epiteliais colônicas após contato com os trofozoítos, sugerindo que a degradação da membrana basal seja um importante passo na invasão tecidual. Além disso, quando o parasita alcança a corrente circulatória, as moléculas de cisteína-proteinase são capazes de degradar tanto imunoglobulinas da classe A (IgA) humanas presentes nas mucosas como moléculas de IgG por meio de clivagem de sua cadeia pesada. Assim, as proteinases não agem somente na degradação das barreiras naturais do hospedeiro como a fibronectina, o colágeno e a laminina, mas também exercem forte influência na imunidade específica pela clivagem de determinados isotipos de imunoglobulinas.
(o trabalho continua Aqui).

Complete com os nomes o ciclo abaixo:




Ciclo de vida da Entamoeba histolytica



No seu blog coloque os nomes de todas as fases e explique como se da a infecção.
ciclo de vida da Entamoeba histolytica

Existem duas fases: O trofozoíto e cisto. Essa doença é bastante comum em áreas com saneamento básico precário, onde alimentos e água são contaminados pelo parasita. Ele entra no organismo principalmente por meio da ingestão desses alimentos e líquidos contaminados.
Referencias: https://www.minhavida.com.br/saude/temas/amebiase




Complete a classificação desse protozoário em seu blog

Domínio: Eukaryota

Reino: Protozoa

Classe: Tubuliena

Ordem: Amoebida

Família: Entamoebidae

Gênero: Entamoeba

Espécie: 
Entamoeba histolytica



Sinais e sintomas da Amebíase

A maioria das pessoas com amebíase não manifesta sintomas. Quando eles surgem, no entanto, costumam aparecer de sete a dez dias após a exposição ao parasita.

Sintomas leves da amebíase

1. cólicas abdominais

2. Evacuação de fezes pastosas com muco e sangue ocasional

3. Fadiga

4. Gases em excesso

5. Dor retal durante evacuação (tenesmo)

6. Perda de peso involuntária (emagrecimento)

Sintomas graves da amebíase

1. Sensibilidade abdominal

2. Evacuação de fezes pastosas líquidas, às vezes com sangue e muco

3. Evacuação de dez a 20 vezes por dia

4. Febre e calafrios

5. Vômitos


Se você apresentar esses sinais e sintomas você pode estar infectado por esse protozoário, mas somente um médico pode dizer com certeza qual parasita que infesta o seu sistema digestório. Assim, você pode chegar à consulta com algumas informações sobre o que você sente:

Elabore uma lista com todos os sinais e sintomas que você está sentindo e há quanto tempo você os sente, ou seja, há quanto tempo eles apareceram e qual a intensidade deles e suas frequência. Leve também seu histórico médico, incluindo outras condições patogênicas que por ventura você tenha, bem como medicamentos ou suplementos que você toma com regularidade.


Diagnóstico e tratamento da Amebíase


O diagnóstico específico para amebíase é feito pelo médico: proctologistas, infectologistas, gastroenterologistas e também clínico geral, e consta de exame de fezes e exames laboratoriais são necessários para verificar a função hepática e para determinar se houve danos ao fígado ou outros órgãos. Também o médico poderá pedir um exame de sangue em busca dos antígenos que o corpo produz para combater o protozoário causador da amebíase.



O tratamento para casos simples de amebíase geralmente consiste na prescrição de um medicamente que mata o protozoário parasita, geralmente é usado o metronidazol por dez dias, administrado por via oral. 



Se o parasita tiver invadido os tecidos intestinais ou órgãos internos, a intervenção deve focar, também, no tratamento sistêmico, i.e.., de todas as áreas afetadas pelo parasita Entamoeba spp. Se a infecção parasitária causar perfurações no cólon ou em tecidos peritoneais, uma cirurgia poderá ser necessária. Após o tratamento da amebíase, as fezes devem ser reexaminadas para se ter certeza de que os parasitas foram mortos e a infecção foi eliminada.


Medicamentos para Amebíase

Os medicamentos mais usados para o tratamento de amebíase são: Annita, Benzoilmetronidazol, Doxiciclina, Flagyl, Flagyl Pediátrico, Helmizol (comprimido), Helmizol (suspensão), Secnidazol, Metronidazol.

Profilaxia

Saneamento básico e condições adequadas de higiene são a chave para evitar a amebíase. Outras medidas também podem ser adotadas:



1) Lave bem as mãos com água e sabão após usar o banheiro e antes de manipular alimentos.

2) Lave bem frutas e verduras antes de comê-las.

3) Evite comer frutas ou vegetais sem lavar, ou antes de lavá-los e descascá-los você mesmo.

4) Beba somente água tratada, filtrada ou fervida ou engarrafada.

5) Evite leite, queijo e outros produtos lácteos não pasteurizados.

6) Evite alimentos vendidos por ambulantes dos quais voce não sabe as condições de higiene do preparo.

7) A amebíase também pode ser transmitida através do sexo sem proteção. Assim, a utilização do preservativo previne este meio de transmissão.

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